Pesquisadora brasileira cria nanosensor que detecta câncer antes dos sintomas iniciais

A pesquisadora brasileira Priscila Monteiro Kosaka, doutora em química e integrante do Instituto de Microeletrônica de Madri, na Espanha, desenvolveu um nanosensor híbrido mecânico e optoplasmônico que pode contribuir com o tratamento do câncer. A tecnologia detecta a doença antes de qualquer sintoma surgir e sem biópsia ou outros procedimentos invasivos.


O nanosensor é capaz de identificar o biomarcador da doença. Dessa forma, ao ser usado em uma amostra de sangue de um paciente que tenha câncer, o sensor captura a proteína biomarcadora. O resultado é visível pela mudança de cor no sensor. A nanotecnologia é um segmento capaz de detectar com elevada reprodutibilidade concentrações ultrabaixas destes biomarcadores de proteína segregados pelo tumor. A técnica também se mostrou eficaz e segura, com uma taxa de erro de 2 a cada 10 mil casos.


A tecnologia foi provada com dois biomarcadores de câncer: o antígeno carcinoembrionário (CEA) e do antígeno prostático específico (PSA), que estão atualmente em uso clínico para o diagnóstico, a monitorização e prognóstico de câncer de cólon e próstata, respectivamente. Segundo a cientista, a previsão é que o nanosensor esteja no mercado em até dez anos. A expectativa é que ele também seja aplicado para identificar hepatites e para biomarcadores da doença de Alzheimer.


A pesquisadora apresentará a nanosensor durante sua palestra na Conferência Internacional de Nanotecnologia e Inovação, principal encontro nanotecnológico do País, onde diversas start-ups e institutos de pesquisas apresentarão soluções nano para os mais diversos setores. O evento ocorre em São Paulo (SP), de 13 a 15 de outubro, no mesmo período da Nano Tradeshow, que conta com apoio institucional da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI).


Fonte: Agência Gestão CT&I (09/10/2015)


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